A Fundação Rampa foi criada em 2001 com intuito de preservar as edificações de uma antiga base de hidroaviões remanescente do início da década de 40, que anteriormente também abrigou uma estação de passageiros da Pan Am. Popularmente, um dos prédios ficou conhecido como Rampa, em alusão a rampa de concreto utilizada para a retirada das aeronaves das águas do rio Potengi.
Inicialmente, a entidade ocupou esse prédio onde montou um museu da aviação, sob a tutela da Força Aérea Brasileira, contudo, em meados dos anos 90 a responsabilidade da área passou para Marinha do Brasil pondo um fim no museu e uma desativação temporária da Fundação Rampa.
Em 2008, uma nova diretoria assumiu e a Fundação Rampa tornou-se uma instituição cultural dedicada à pesquisa, preservação e difusão do rico passado de Natal ligado à aviação mundial. Desta forma, o grupo assumiu a missão de, além de pesquisar, transmitir esse conhecimento por meio de palestras, livros, parcerias e coleta de testemunhos orais da história.
O trabalho ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Norte chegando a outros estados brasileiros e países do continente americano e europeu. O resultado desse empenho é uma das maiores coleções de imagens do início da aviação relacionadas a Natal, vídeos, livros e artigos.
Como ação concreta, a Fundação Rampa promove um calendário anual de atividades, participando de simpósios, encontros de veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), comemoração de datas históricas como o aniversario do pioneiro Augusto Severo e o encontro dos presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Vargas, ocorrido na Rampa em 28 de janeiro de 1943.
O principal objetivo é transmitir a importância de Natal para a história da aviação, desde os pioneiros até o fim do conflito mais brutal conflito da raça humana, a Segunda Guerra Mundial, com a criação de Parnamirim Field. O início ocorre com as primeiras rotas regulares de correio aéreo transoceânico, em 1930 com os francês ligando Natal à França e logo em seguida, em 1934, os alemães da Lufthansa partindo de Berlim para a América do Sul via Natal.
Entre os nomes mais conhecidos a passar por Natal estão os americanos Amelia Erhart, passando em 1937, no seu cruzeiro pelo mundo, o qual levou a sua morte, e Charles Lindbergh, em 1933. Mas antes disso, em 1928, o Rio Grande do Norte entra para a história ao receber o primeiro vôo sem escalas entre Roma e Touros, um recorde de longa distância à época. E devido a importância de Augusto Severo no exterior, por meia dúzias de vezes o Zeppelin sobrevoou a cidade e em algumas delas chegou a jogar coroa de flores em homenagem ao potiguar pioneiro dos dirigíveis.
No decorrer dos anos, todos os países que queriam explorar a rota área da América do Sul teve que se instalar em Natal, além da Lufthansa por meio do Syndicato Condor, também vieram os americanos da Pan Am através da Panair do Brasil, os franceses da Air France e os italianos da Lati. O auge chega na década de 40, com a ocupação americana. Este fato gerou diversas curiosidades, como mudança de costumes e valores culturais, além de um maior envolvimento de potiguares na guerra, alguns deles testemunhas da presença de submarinos alemães na costa nordestina.
FONTE: SITE DA FUNDAÇÃO RAMPA
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